E eis que ela aparece.
Vestida de branco, com seus lindos olhos verdes a brilhar. Seus cabelos, uma textura indecifrável, esfoaçando ao longo de seu corpo.
Ela vê o que está acontecendo, vê como seu filho está sendo tratado. E não gosta do que vê.
Seu dever era cuidar dele, deixá-lo cada dia mais bonito e saudável. Mas por amor aos ditos
Homo erectus não se importou em deixá-los cuidar de seu bem mais precioso. Até porque, eles pareciam bons. Pareciam realmente querer viver e proteger seu planeta Terra.
Valentina Terra, fica triste ao perceber que os homens por quem sempre teve admiração não estão tratando seu lindo filho Planeta Terra como deveriam.
Estão o machucando, não querem deixá-lo respirar.
Soltam químicas em suas veias, entopem cada parte de suas células com as imundices humanas. Não sentem dó, nem pena.
Parecem já nem ter sentimento por este grande amigo que sempre lhes deu vida e sempre cuidou de cada um.
Cresce, dentro de Valentina Terra, um sentimento de angústia que vai se tornando em raiva, em fúria.
Sua vontade é acabar com tudo, matar todos. Tratá-los como estão tratando seu filho.
A fúria e o ódio vão aumentando. Valentina Terra sopra os rios e toda a cidade se alaga.
Tempestades e furacões.....Derretimento das grandes geleiras....vulcões em fúria.
Sua raiva está cada vez mais forte.
E então acontece: tudo explode, tudo acaba. Fim.
Por um longo momento, tudo parece perdido, parece ter feito a coisa errada.
Até que enfim tudo se aquieta. E o que sobra é só ela e seu filho.
De novo pequeno e ingênuo, delicado e solitário.
Agora é a vez dela, nunca mais acreditará em promessas. Seu filho só verá a felicidade e a bondade de suas mãos.
Ao mesmo tempo se sente mal por ter destruído aqueles por quem teve tanta confiança. Seu dever era sempre vim e ajudá-los a cuidar de seu filho. Mas essa foi uma escolha deles.
Tiveram suas oportunidades. Pena que estragara-na. Pena que não cuidaram de seu filho tão amado.
Agora está em paz. Somente ela e seu filho. Nada de humanos.